
Tratamento odontológico em pessoas com AIDS ou HIV – Entenda a importância
Quem é portador do HIV deve estar mais atento ao tratamento odontológico, pois o vírus propicia o surgimento de neoplasias e infecções na boca.
O controle odonto neste caso garante além da saúde bucal, uma melhor qualidade de vida ao paciente que é tão suscetível aos vírus e bactérias pois possuem a imunidade comprometida. Outro ponto a ser ressaltado, é que em muitos casos de pessoas que contraíram o HIV, as primeiras suspeitas acontecem durante o procedimento de atendimento dentário. Alguns sinais da Aids são detectados por meio de anamnese e do exame físico, isso acentua ainda mais a importância da visita com frequência ao dentista, pois com o diagnóstico precoce da doença é possível agir mais rápido e efetivamente sobre a ação do vírus no organismo do paciente.
Continue lendo o artigo e entenda a diferença de HIV e Aids, e como funciona a prática da odontologia em pacientes que se enquadram nestes casos:
O que é HIV?
HIV é o vírus da imunodeficiência humana. Portanto, uma pessoa pode ser portadora deste vírus, mas não desenvolver a Aids. A infecção do HIV não tem cura, ou seja, quem é portador do vírus será permanentemente, e é isso que muitas vezes causa a proliferação do vírus de forma silenciosa.
O que é Aids?
Aids é a síndrome da imunodeficiência adquirida, é quando o HIV ataca as células sadias do corpo da pessoa e após contaminada, ela passa a ter uma baixa imunidade. As principais células a serem atacadas são as com receptor CD4, mais especificamente os linfócitos T (responsáveis pela imunidade), onde o HIV se instala, diminuem a ação de proteção exercida pelos linfócitos T e começa então a se multiplicar com ela, como um parasita, pois sozinho o vírus não possui a capacidade de se proliferar.
Como se pega Aids?
O vírus do HIV é transmitido por relação sexual sem proteção, contato com o sangue, sêmen ou fluídos de alguém infectado. Essas são as formas de como se transmite a Aids, lembrando que nem todos que adquirem o vírus desenvolvem a doença, mas que também não é porque não foi atingido pela ação do vírus que não deverá tomar os devidos cuidados específicos como o portador.
75% dos casos de transmissão do vírus no mundo ocorrem por meio da relação sexual sem a devida proteção e, a transmissão heterossexual é a de maior propagação (Cotran et al., 2000).
A transfusão de sangue não aparece no grupo de risco de infecção, pois a análise do material doado diminui (muito) os riscos, e embora pareça quase impossível, o número de transmissão das gestantes para seus bebês caiu muito com o uso correto dos anti-retrovirais.
O HIV não é transmissível por:
contato social, seja em trabalho, escola, ou qualquer outro local;
picada de insetos;
aerossóis resultantes da atividade clínica odontológica.
Outra curiosidade é que embora seja fácil de detectar a aids na boca por causa do surgimento de infecções e outras reações, a saliva não é um condutor favorecedor do vírus, pois a proteína contida nela funciona como um obstáculo natural para o vírus do HIV.
A ação do vírus da Aids – Sintomas de Aids
As características da Aids se apresentam facilmente em quem contraiu o vírus, pois a baixa imunidade logo se manifesta. As reações gerais físicas mais comuns são:
dor no abdômen;
dores circunstanciais ao engolir;
tosse seca;
suor com frequência;
fadiga;
febre e mal-estar;
perda de apetite;
diarreia, náusea e vômito;
perda de peso e fraqueza;
úlceras ou língua branca;
erupções ou pústulas;
dores e inchaços;
dificuldade para engolir;
dor de cabeça, infecções e pneumonia.
Sintomas da Aids na boca – HIV e Dentista
O vírus pode se manifestar de diversas formas na cavidade bucal do paciente, e o grau da infecção determina o comprometimento imunológico da pessoa que acarretará nos mais diversos quadros de problemas com a saúde bucal, podemos apontar:
Candidíase por HIV ou Aids
Esta é a manifestação mais comum, se apresentando em 50% das pessoas portadoras do vírus e 90% das pessoas com Aids (Cotran et al., 2000). No início pode ser confundida com herpes ou afta. Pois a afta na Aids também é muito comum. A falta de cuidados necessários pode levar ao comprometimento também do esôfago, faringe e traqueia.
Doença periodontal
Gengivite e Aids: pode chegar ao ponto de necrose. É um severo edema de sangramento espontâneo.
Eritema gengival linear: apresenta-se como uma coloração avermelhada na gengiva que promove sangramento.
Periodontite: também pode chegar ao grau necrosante. O sintoma mais comum é a dor na maxila ou mandíbula.
Herpes
São regiões ulceradas na boca do paciente. As herpes simples costumam ser comuns em casos de HIV, se apresentando também de forma mais agressiva.
Leucoplasia pilosa
Se apresenta principalmente na língua como uma lesão branca que não tem como ser raspada. Ela é um sinal de comprometimento imunológico.
Neoplasias
O Sarcoma de Kaposi e os linfomas se apresentam com maior facilidade nos soropositivos. São lesões malignas e multifatoriais que se apresentam devido defeitos profundos da imunidade das células T.
Lesões ulceradas
Também muito comuns tanto em portadores do HIV quanto em quem possui Aids, elas assemelham-se à aftas.
Xerostomia
Os retro-virais e o HIV aumentam a incidência da xerostomia, pois o paciente saliva menos, aumentando assim o índice de cárie e problemas periodontais.
Medicamentos utilizados para quem tem HIV ou Aids
Não existe cura da Aids ou HIV, porém o HIV e a Aids requer cuidados específicos. Por fazer parte da classe retrovírus, ele se replica em uma velocidade muito alta, o que causa a dificuldade de elaboração de vacinas para a prevenção da Aids, seja para cura ou prevenção. Porém como principal auxiliar foram criados os anti-retrovirais, também conhecidos como coquetel para HIV, que é composto por 2 anti-retrovirais (Zidovudina + Lamivudina).
Estudos realizados na Europa e EUA após a combinação desses medicamentos, mostraram que houve a redução significativa na mortalidade de pessoas com o vírus, além da diminuição das infecções oportunistas e o aparecimento de lesões.
Essa medicação porém é a que combate diretamente a proliferação do vírus, entretanto durante a vida do portador, ele fará uso de outras medicações com frequência que auxiliarão no combate de infecções, doenças diversas e também (infelizmente usado na maioria dos casos) os antidepressivos.
Dados retirados do estudo divulgado na Revista Ciência, e realizado pela Doutora em Odontologia Elisabete Míriam de Carvalho Corrêa e pelo Professor Titular Eduardo Dias de Andrade da Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica, da Faculdade de Odontologia da Unicamp.
A importância do cirurgião dentista para os pacientes com Aids/HIV
É muito comum ser notado como primeiros sintomas da doença os problemas bucais. Desta forma a ação do dentista é de extrema importância para a qualidade de vida do paciente. Infelizmente muitas pessoas desconhecem que estão com o vírus em seu organismo, e o cuidado e atenção do dentista neste momento é o que vai definir todo o processo de readaptação deste paciente para seu novo estilo e cuidado com a sua própria saúde.
Na suspeita de infecção, o paciente será encaminhado ao infectologista para então realizar os exames necessários. Porém, não cabe ao dentista diagnosticar o paciente como um possível portador do vírus, ele deve somente avisar que há infecções bucais que exigem a análise do infectologista para assim obter diagnóstico e tratamento.
Por se tratar de uma doença incurável, não pode-se levantar a suspeita para o paciente e sim, somente a certeza trazida pelo diagnóstico que será entregue pelo especialista. Sabemos que não devemos ter a Aids como um tabu, porém por se tratar de algo que modifica completamente a vida de uma pessoa, deve-se ser tratado como um assunto de extrema delicadeza.
Pacientes que já têm o diagnóstico
Sabemos que o psicológico é a principal barreira de quem é portador de HIV. O impacto do vírus na vida da pessoa transforma por completo sua rotina, e há também ainda muito do que superar que existe nas barreiras sociais, e assim pessoas com o vírus deixam muitas vezes de se cuidarem como deveriam.
Nós da dr.dents estamos preparados para o atendimento de pacientes com HIV, afinal, como descrito acima, muitas pessoas até desconhecem que possuem a doença, então todo atendimento realizado em nossa clínica atende as normas universais de biossegurança na odontologia.
A realidade é que pesquisas recentes apontam que o número de infecção tem aumentado no Brasil e no mundo, portanto todos profissionais devem estar preparados para lidar da melhor forma com seus mais diversos tipos de pacientes.
O principal fator do atendimento a este grupo de pessoas, é garantir a melhor qualidade de vida, procurando assim amenizar o que mais incomoda o paciente, sejam as dores, ou até mesmo um tratamento estético para melhorar a autoestima.
A higiene oral é de extrema importância para que não haja o surgimento inesperado de infecções oportunas e outros problemas na boca.
Conheça mais sobre a dr.dents em nosso blog e as vantagens de realizar o seu tratamento aqui conosco!
Os instrumentos odontológicos – A esterilização de materiais odontológicos
Na odontologia os materiais utilizados no atendimento são descartáveis ou os equipamentos odontológicos usados passam por uma rigorosa limpeza na sala de esterilização de odontologia.
Além desses procedimentos padrões, outros princípios de biossegurança em odontologia são garantidos, pois há um número muito grande de doenças contagiosas que devem ser evitadas em um consultório.
Portanto, não tenha receio de realizar o seu atendimento na dr.dents, seja você um portador de HIV – por ter medo de contrair alguma doença na clínica odontológica -, ou qualquer outra pessoa que deseja cuidar da saúde bucal. Caso tenha alguma dúvida ou queira entender melhor sobre os procedimentos de padrão universal, converse com o seu dentista e tire todas as suas dúvidas até se sentir seguro em nossa clínica! Estamos aqui para garantir a sua saúde bucal, qualidade de vida e claro, seu melhor sorriso!
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